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À CONVERSA COM SARA ANA MACEDO AFONSO

Os sonhos acontecem mesmo!


Sara Ana Macedo Afonso nasceu a 29 de Maio de 1988 e é uma jovem romântica, sonhadora e sensível. Adora viajar, fotografar, ir ao cinema, ouvir música, passear, conviver com os seus amigos e claro, ler e escrever. Já plantou uma árvore com a escola primária, a qual deram o nome de Marie Curie, e mais recentemente, em 2014, fez um curso de danças latinas durante três meses. Actualmente, é pasteleira e operadora de caixa na Padaria 2000 de Carção e pertence a organização do Festival dos Livros na sua aldeia. É a autora dos livros: “Enquanto o tempo quiser” publicado em 2008 e “Ver-me nos teus olhos” editado em 2010, ambos com a Corpos Editora.

Débora: Como surgiu o gosto pela escrita?


Sara: Desde cedo que sempre me encantei pelos livros: as suas formas, as suas cores, os seus desenhos, os seus tipos de letras... Depois quando fui para a escola, apaixonei-me pelas letras, e vibrava sempre que que havia contos e composições para escrever. Sempre me senti atraída por o mundo da literatura: de conhecer, de descobrir... Os motivos que me levaram a escrever? Talvez porque precisava de mostrar os meus sentimentos e emoções... E esta foi a forma que arranjei de chegar às pessoas!


Débora: E, quando é que surgiu a ideia de escrever “Enquanto o tempo quiser” e depois mais tarde “Ver-me nos teus olhos”? Como decorreu o processo?


Sara: Tinha acabado de chegar a Vila Real para ingressar na universidade, quando conheci uma moça, também ela apaixonada pelos livros que tinha esse dom de escrever e já tinha editado um livro. Fiquei tão entusiasmada... Nunca tinha pensado em ter um livro da minha autoria, quer dizer, eu escrevia só para me sentir melhor, era um refúgio, uma forma de dar a conhecer a minha verdade, mas daí a expô-la? Pensei e decidi arriscar... Reuni tudo o que tinha escrito até ali, e aos 20 anos, um dos meus sonhos aconteceu!


Débora: Como é que surgiram os títulos?


Sara: Ui... Isso agora... Sinceramente, foi muito natural, de repente!


Débora: Como é que foi ter pela primeira vez os teus livros nas tuas mãos?


Sara: Borboletas, arco-íris e unicórnios... Agora a sério, senti-me tão feliz que era capaz de explodir, foi um sonho tornado realidade. Fiquei super entusiasmada e contente mas ao mesmo tempo com aquela sensação: e se não era isto? E se as pessoas não perceberem? E se? E se? Mas alegria do momento superou qualquer outra emoção.


Débora: Publicar um livro foi um sonho desde sempre, apesar de todos os receios? Como é que se lida com isso?


Sara: É um misto de emoções e sentimentos, aquela vontade de mostrar ao mundo aquilo que nos move, aquilo que julgamos ser o nosso dom, a nossa missão, mostrar ao mundo aquilo que nos faz feliz, mas depois há o outro lado, que temos receio de não saber lidar... Se as pessoas não gostarem? Se criticarem? Se realmente não é bem isto? Se vale a pena? Mas no fim todos os receios e medos são arrumados a um canto e luta-se por aquilo que se quer.


Débora: Para além de já teres publicado estes dois livros também tens um blog pessoal, como decorreu a sua criação? O que é que costumas publicar nele?


Sara: Tenho sim, ideia tua, minha irmazinha. Obrigada desde já. Sempre a apoiar-me, a incentivar-me, a ajudar-me a evoluir. O blog foi ideia tua e trabalho teu, agora sou eu que o gero. Tendo a minha página no Facebook, onde publico todas as novidades, e tudo aquilo que escrevo, fotografo e afins, mas senti que com o blog teria que fazer algo especial, assim sendo, tornei-o um pouco mais pessoal: um lugar dedicado à nossa mãe, onde lhe presto homenagem na maneira que arranjei de falar com ela.


Débora: E, como é que aconteceu escreveres em outros blog's, jornais e revistas?


Sara: Sim escrevo para a revista Almocreve de Carção, para o site Sobre Livros e também sou membro da Casa do Poeta e do Movimento Poético Nacional. A revista Almocreve fez-me o convite no seguimento do 1º lançamento do livro, para falar sobre Carção, com isto o senhor Paulo Lopes, deu-me a conhecer o senhor Adriano Costa, descendente Português, vivendo no Brasil, homem de letras e amante de livros, que me deu a conhecer a Casa do Poeta e o Movimento Poético Nacional, e que mais tarde me fez membro, participando com textos nos seus jornais em São Paulo. Por fim, mais recentemente, com a divulgação da minha página no Facebook, surgiu a oportunidade de ser colunista no site Sobre Livros.


Débora: No que é que te inspiras? Onde vais buscar imaginação para escreveres em tanto “lugar”?


Sara: Em tudo o que me rodeia: o sítio onde vivo, as paisagens que me rodeiam, das histórias que se cruzam com a minha, das situações do dia a dia, das músicas que ouço... Basicamente inspiro-me com a vida!


Débora: Escrever é algo para toda a vida?


Sara: Escrever é magia... Faz-me sentir bem! É um escape, um remédio para a minha loucura! Sim, escrever é para toda a vida... Posso nunca chegar a poder viver só da escrita, mas continuarei a escrever sempre.


Débora: E, como descreves a tua escrita?


Sara: Simples, directa, informal, real.


Débora: Agora, há ou não há novidades para breve?


Sara: Então posso dizer que estou a tratar do meu próximo livro. Tratam-se de textos soltos. Sendo mais do mesmo, mas diferente. Há uma maturidade e exigência desde do primeiro como é óbvio. Este livro que ainda não sei dizer a data de lançamento, será de textos sobre uma relação amorosa, e as várias etapas pela qual esta passa. Isto é: cada texto é independente mas interligados entre si, criando um fio condutor em todo o livro. A ideia é criar uma espécie de diário daquela personagem ( os textos estão na 1º pessoa) e através dela descobrirmos o que é o amor e as várias facetas de uma relação amorosa... É um livro simples, pequeno mas que vem com algumas surpresas e particularidades. Mais não posso dizer.


Débora: O que diz o teu coração?


Sara: Que devemos sempre exprimir o que sentimos... O meu coração de escritora é muito feliz na procura da concretização de um sonho!


Débora: O que gostarias de dizer para finalizar esta entrevista?


Sara: Leiam sempre! Ler faz bem! Obrigada a todos aqueles que me lêem, que me deixam continuar a sonhar, porque enquanto o tempo quiser sonhar é prioritário! É o motor da vida!


Débora: Obrigada, muito sucesso para ti!


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Foto: Concebida pela autora


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