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À CONVERSA COM CARLA CORREIA

Surgiu depois de participar num concurso!


Carla Santos Correia nasceu a 13 de Fevereiro de 1989 e encontra-se a terminar o estágio para ingressar na ordem dos advogados. Descreve-se como sendo uma pessoa determinada, lutadora e humilde. Gosta de viajar, ver filmes, estar com as amigas e ler quando assim o tempo lhe permite. Publicou o seu primeiro livro com a Chiado Editora em 2015 - "A Gotinha exploradora".

Débora: Qual livro que mais gostou de ler até hoje e porquê?


Carla: É difícil dizer que livro gostei mais de ler. Para quem tem esse hobbie e lê livros, completamente diferentes no que ao género diz respeito, sabe que todos eles têm a sua magia própria. Não se compara, por exemplo, um “Admirável mundo novo”, a um “Amor de perdição” ou a um “Ensaio sobre a lucidez”.


Débora: Quando é que começou a escrever?


Carla: A primeira vez que escrevi foi aquando de ter ganho um computador quando fui uma das vencedoras das olímpiadas da leitura. Tinha os meus 11 anos e recordo-me de ter iniciado um livro, também infantil, cuja acção se desenrolava num reino distante... Infelizmente essa história, que já contava com várias páginas, perdeu-se num momento em que o pc teve de ser reparado devido a uma avaria. Sim, fiquei chateada, mesmo! Depois escrevia quando haviam concursos na escola. Normalmente eram poemas e pequenas prosas.


Débora: Quando é que decidiu publicar um livro?


Carla: Publicar um livro não foi algo premeditado. Era um sonho, de facto, mas surgiu de forma muito natural e, até, inesperada. Foi quando concorri, em 2014, a um concurso literário promovido por uma cadeia de supermercados. Não ganhei, foram milhares de boas candidaturas, sem dúvida. Mas achei que a minha obra tinha algo que, desta vez, não deveria ficar só para mim. E assim, contactei a Chiado Editora que logo se mostrou interessada no meu projecto. E nasceu, em Novembro deste mês, a primeira edição d' “A gotinha exploradora”.


Débora: O que é que “A Gotinha exploradora” quer transmitir às crianças?


Carla: Este livro traz valores tradicionais já perdidos; quer trazer as crianças novamente para o recreio, para a rua, para a natureza. Pretende-se que as crianças, personalidades ainda em formação, apreendam que todos os seres habitam um mesmo mundo e de que forma se conseguirá uma harmonia entre todos. Não é, por isso, um conto com um final feliz nem necessariamente triste. É um conto que faz pensar! Porque é disso que as crianças precisam e se aliado à parte lúdica, tanto melhor. Traz que amizade, o companheirismo... A sensação do quanto é bom ser-se criança, época em que tudo é possível.


Débora: No que se inspirou para escrever este livro?


Carla: Inspirei-me quer na minha própria infância: o que gostava, como gostava e o que odiava, quer na infância que acompanho, de perto, no meu afilhado Bruno, que é, aliás, uma das principais personagens. E tendo tudo isso em conta, fui novamente criança, utilizando muito a cor, a adjectivação... Fui uma criança verdadeiramente feliz, o que contribuiu muito para este livro. Claro que sempre tive muitos hábitos de leitura, desde cedo.


Débora: Como surgiu o título?


Carla: A Gotinha é a personagem principal do conto, logo, todo o enredo gira à sua volta. Porquê exploradora? Fiz uma analogia com o carácter da própria criança: curiosa, irrequieta, sempre em busca de algo. Assim é a Gotinha, também.


Débora: O que mais gostou de escrever neste livro?


Carla: Enquanto escrevo não tenho muito tempo para pensar. Simplesmente coloco no papel o que a imaginação me dá no momento. Só fazendo uma análise posteriormente, consigo responder. E de facto é isso mesmo: gosto da imaginação, da rapidez com que fluem as ideias, as personagens... A imaginação é algo de mágico e, sem ela, não nos era possível sonhar!


Débora: Como decorreu o processo de edição?


Carla: Quanto ao processo de edição julgo que correu os trâmites normais. Foi o meu primeiro livro e não tenho outro para comparar, mas correu bem. Existiu sempre o necessário diálogo e coordenação entre mim e a editora.


Débora: Qual foi a sensação ao ter o seu livro pela primeira vez nas mãos?


Carla: Ter o livro nas mãos continua a ser incrível! É o materializar do sonho. E o sonho só o é porque é algo que, por muito que queiramos, nos parece demasiado distante para conseguir. E consegui! É impossível descrever a felicidade!


Débora: O que diz o seu coração?


Carla: O meu coração só diz uma coisa: que todos aqueles que eu amo fiquem orgulhosos de mim e que, de alguma forma, eu os faça felizes pois é para isso que cá andamos!


Débora: O que gostaria de dizer para finalizar esta entrevista?


Carla: A quem perder uns minutinhos a ler esta entrevista, só gostava que soubessem que este sonho foi possível devido ao apoio que tive por detrás, entre outros, a Câmara Municipal de Murça, que patrocinou a obra. Acrescento ainda que é o sonho que dá sentido à vida e nunca desistam dele. Toda esta obra é um sonho. E, para quem a ler, sonhem também enquanto ajudam o Bruninho no desafio que lancei. Seríamos, certamente, todos mais felizes!


Débora: Obrigada, muito sucesso para si!

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Foto: Concebida pela autora


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