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À CONVERSA COM EDUARDO DE SOUSA

As palavras unem-se com as imagens!

Eduardo de Sousa é uma pessoa criativa e os seus passatempos são: ler, desmontar coisas e tentar montar novamente, assistir filmes e séries. É fotógrafo especialista em fotos empresariais, e para além da câmara fotográfica não dispensa um caderno, pois gosta de escrever. Publicou em Abril de 2015 o seu primeiro livro com a Chiado Editora - "Crônicas (escritas) feito um pum".

Débora: Como é que um fotógrafo de fotos empresariais se apaixona pela escrita?


Eduardo: Fotografia significa "escrever com a luz". São duas artes diferentes, duas formas de expressão. Então sempre fui escritor e uso as palavras ou as imagens para me expressar. Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, mas algumas palavras podem nos levar a universos únicos.


Débora: Em que momento decidiu começar a escrever? Qual foi o motivo que o levou a tomar essa decisão?


Eduardo: Quando comecei a ler, e a entender bem o que estava lendo, nasceu a vontade de escrever como aqueles grandes escritores. Isso na época do ensino fundamental. Eu nunca pretendi seguir a carreira de escritor, sempre foi (e, por enquanto, ainda é) por lazer. Hoje sou fotógrafo, mas pretendo passar mais tempo escrevendo e quem sabe me torno um escritor que fotografa por hobbie.


Débora: Como concilia o seu trabalho com o escrever?


Eduardo: Fotografar me ajudou muito a ser um bom observador e isso me ajuda muito a escrever. São detalhes que passam despercebidos para a maioria das pessoas, mas para mim serve de inspiração para alguma crónica. Eu escrevo sempre que alguma ideia aparece e as ideias surgem de algo que vi, ouvi ou vivi. Tudo pode ser matéria prima para boas ideias e bons textos.


Débora: É naquilo que vê quando fotografa que se inspira? O que é que mais o marca para criar as suas crónicas?


Eduardo: Uma frase de Ansel Adams, um génio da fotografia, resume bem o meu processo de inspiração: “Não fazemos uma foto apenas com uma câmara; ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos”. Para fotografar e para escrever, a bagagem que carrego na vida é pura matéria prima, ingredientes que irão fazer a diferença, com imaginação e criatividade, para nos levar além.


Débora: Como decorreu o processo de edição do seu livro?


Eduardo: Eu escrevia meus textos sem intenção de publicar, mas percebi que havia uma boa quantidade de crónicas e que poderia reunir todas elas num livro. Logo vieram propostas de editoras e escolhi a Chiado Editora.


Débora: Qual foi a sensação quando soube que ia publicar um livro? Como descreve esse momento?


Eduardo: Quando recebi a primeira remessa de livros, uma sensação de sonho realizado tomou conta de mim. Eu fiquei muito orgulhoso e eufórico. Queria distribuir os exemplares para todas as pessoas que eu amo para que elas sentissem essa mesma sensação. É um momento realmente único!


Débora: Mudava alguma coisa no seu livro?


Eduardo: Estou muito satisfeito e não mudaria nada. O livro me agradou muito e agradou muitos leitores.


Débora: Como foi que reagiram as pessoas mais próximas de si ao receberem um livro da sua autoria? O que foi que lhe disseram? Qual foi a mais marcante e porquê?


Eduardo: Muitas ficaram tão feliz quanto eu, se identificaram com as histórias e riram muito. O mais marcante foi sentir o orgulho dos meus filhos por mim, dava para ver nos olhos deles. Senti também muita energia boa e admiração dos meus familiares e amigos.


Débora: Já alguma vez se deparou com alguém a ler o seu livro, por exemplo numa livraria, na praia, num transporte público, no café (...)? Como é que reagiu? Essa pessoa reconheceu-o? Como foi esse momento?


Eduardo: Ainda não encontrei ninguém ao acaso, mas tive a oportunidade de conversar com alunos de uma escola pública que estudaram minhas crónicas. Foi muito emocionante sentir o carinho e o respeito deles por mim. Me senti como um escritor famoso, afinal, eles tinham lido minhas crónicas e citavam quais mais gostavam e perguntaram de onde surgia a inspiração, se aconteceu tudo aquilo comigo. Foi maravilhoso.


Débora: O que diz o seu coração?


Eduardo: Eu tento não deixar as emoções dominarem minhas decisões e assim consigo pensar de forma clara o preciso fazer. Gostaria muito de largar tudo, me dedicar somente a escrever, a pensar no inusitado, criar mundos fantásticos, mas é tudo muito mais complicado, burocrático e há algumas armadilhas que não posso cair. Sou um sonhador, mas mantenho meus pés no chão para não cair e para poder. a qualquer momento, tomar impulso sempre que eu precisar e voar o mais alto possível.


Débora: O que gostaria de dizer para finalizar esta entrevista?


Eduardo: Quero agradecer a você pela oportunidade e pelo espaço. Adorei a conversa e te desejo muito sucesso. Quero agradecer aos leitores que já conhecem meu trabalho e convidar à todos para que visitem meu blog (http://blogfeitumpum.blogspot.com.br) há sempre novidades por lá. Muito grato à todos.


Débora: Obrigada, muito sucesso para si.


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Foto: Concebida pelo autor


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