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À CONVERSA COM FÁBIO SERQUEIRA

Disposto a conquistar os leitores!


Fábio Serqueira é a abreviação de Fábio Henrique Garcia Serqueira. Nasceu a 16 de Abril de 1993 e é teimoso, persistente e lutador. O seu tempo livre é dedicado à música e à escrita. É estudante no Instituto Politécnico de Bragança e publicou o seu primeiro livro em Novembro de 2015 – "(Re)conquistas".

Débora: Qual é o livro que mais o marcou?


Fábio: Gostei bastante de um livro intitulado: "O coleccionador de sons” do autor Fernando Trías de Bas. É um livro bastante cativante que prende desde a primeira à última página. Trata-se de uma mistura de sons e mitos que toda a gente conhece. A história de Tristão e Isolda é referida no livro numa maldição da personagem principal. O autor descreve de tal forma os actos que nos obriga a imaginar cada palavra escrita.


Débora: Quando é que começou a escrever?


Fábio: Escrevo desde os meus 13/14 anos. Comecei inicialmente com poesia e cheguei ainda a criar um blog para a minha poesia. Mais tarde decidi apostar na prosa, pois os elogios pela forma que eu escrevo eram o “prato do dia” e eram ditos por professores de Língua Portuguesa e outros leitores e escritores. Desde aí, fui sempre escritor de blog's e pontualmente escrevia textos para revistas e jornais.


Débora: Fale um pouco do seu blog. Como se chama?


Fábio: "...Reticências..." é o meu blog de poesia, que ainda hoje existe. Escrevo para lá esporadicamente pois tenho-me dedicado à escrita de livros. Foi neste blog que tudo começou. As pessoas aderiram positivamente e sempre me incentivaram para continuar. Tive de lhes fazer a vontade. Os outros locais, eram textos que me pediam para jornais da escola, revistas nas instituições e lar de idosos entre outros. Textos com os mais variados temas, dependendo da situação. Eles pediam-me o texto, davam-me prazos para a entrega, depois , decerto, eram corrigidos por alguém responsável pela reunião dos artigos na/o revista/jornal e eram publicados quando saísse o número do mesmo.


Débora: Quando é que decidiu publicar um livro?


Fábio: Editar um livro não é fácil. Sinceramente tive bastante medo em arriscar neste meu primeiro livro: "E se não gostam?", "E se ninguém compra?", "Hoje em dia as pessoas não lêem". Eram estes os meus pensamentos. Foi difícil arriscar e dizer “eu consigo”. Mas este tinha de ser publicado pois foi algo que me deu bastante gozo a escrever. Gostei do que escrevi e decidi mostrá-lo às pessoas. Optei por uma edição pessoal, feita por mim, sem editoras à mistura. Talvez por ser uma primeira experiência e por ainda restar um bocadinho daquele medo dentro de mim.


Débora: Quando começou a escrever "(Re)conquistas", como é que iniciou o processo?


Fábio: Quando comecei a escrever foi fácil. Imaginei uma história cativante, que pudesse tocar os corações das pessoas. Escrevi um pequeno resumo e ia apontando cada ideia para desenvolver a história. O mais difícil é conciliar tudo para que faça sentido.


Débora: E, como funciona publicar um livro por conta própria?


Fábio: Editar um livro por conta própria requer bastante trabalho e dedicação, talvez assim tenha outro sabor editar o livro. Tens de ir a uma gráfica e apresentar o teu livro, pedir informações de edição e sem esquecer pedir orçamentos. De seguida convém reveres o teu texto bastantes vezes além das que já reveste. Tens de ter especial atenção depois de transportarem o teu texto original (supostamente escrito em word) para o programa que usarem (indesign ou equivalente), a paginação também é importante. Depois disso, tens um trabalho extra que é legalizares o livro para o poderes vender, tens de fazer o pedido do código de barras, preencher uma folha de recolha de dados do livro e esperar que a gráfica faça o seu trabalho sempre com o teu apoio.


Débora: No que é que se inspira?


Fábio: Cada capítulo da vida é uma história. Porque não escrever sobre ela?? Digamos que, e falando em concreto de

"(Re)conquistas", a história que relata um romance entre dois jovens, um rapaz institucionalizado e uma rapariga abandonada pelos pais, ambos com a paixão pela música. As realidades que enfrentamos na vida “obrigam-nos” a reflectir sobre ela. A institucionalização é um grande problema social e neste livro decidi abordar um pouco esse tema. A música é mais um sonho que se vai concretizando aos poucos e decidi expressá-lo também em "(Re)conquistas".


Débora: Como surgiu o título?


Fábio: Esperei até às últimas palavras para colocar o título ao livro. Simplesmente surgiu-me este na cabeça enquanto fazia o desfecho da história e assim ficou.


Débora: O que é que podemos reconquistar com o seu livro?


Fábio: Penso que quem ler este livro poderá ter uma grande confusão na sua cabeça com perguntas do género: "será que somos capazes?" ou então "o que será que o autor quer transmitir com este livro?" A simplicidade das coisas está no acreditar. Se acreditarmos que somos capazes, que conseguimos, que existe algo que nos faça acreditar que tudo é possível, iremos conquistar e reconquistar tudo aquilo que desejamos e sempre sonhamos.


Débora: E, o que é que o autor quer transmitir com este livro?


Fábio: Além do que respondi anteriormente, acho que temos de ser capazes de acreditar na realização de sonhos, e que por mais adversidades que a vida nos traga devemos erguer a cabeça e tentar alcançar tudo o que desejamos. No meu caso, não foi por ter sido um dia institucionalizado que vou ser menos que qualquer outra pessoa. Somos todos diferentes mas todos iguais.


Débora: O que diz o seu coração?


Fábio: O meu coração é tão sentimentalista que não fala, apenas sente. Ele sente que um dia, as pessoas consigam olhar o mundo de uma forma melhor, mais bela e singela, com igualdade de oportunidades, com respeito e orgulho por todos os que lutam no dia a dia para serem felizes neste mundo de sonhos.


Débora: O que gostaria de dizer para finalizar esta entrevista?


Fábio: Eu tenho um lema que canto numa música que diz "quero ser um lutador...". Sempre trabalhei para o ser e a cada dia que passa me convenço mais que, devemos acreditar e lutar sempre para conquistar e até reconquistar os nossos sonhos.


Débora: Obrigada, muito sucesso para si!

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Foto: Concebida pelo autor


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